Labirinto (De Fora para Dentro)
Fotografias postais (10 x 15 cm)
Intervenção urbana
Picture-motion (1min 30s)
Videoinstalação
Santa Maria / RS
Ano de 2014
Fotografias postais (10 x 15 cm)
Intervenção urbana
Picture-motion (1min 30s)
Videoinstalação
Santa Maria / RS
Ano de 2014
Sobre uma superfície branca acostada na parede da sala, um vídeo em looping é projetado contendo uma ação no próprio recinto expositivo e uma série de fotografias feitas na rua. Na ação do vídeo, posiciono o mesmo suporte de projeção na frente de uma imagem exposta. Pela superfície branca, entro em uma sequência de registros-de-registros fixados em várias quinas da cidade. Como um mise en abyme fotográfico, a sucessão de molduras adensa percursos da rua no centro compositivo e fazem a fotografia se perder no limite de si mesma, no limite de sua tecnologia. Engolindo-se pelas bordas, essa recursão termina na mesma sala de onde veio, concentrada em um único registro. Toda a vez que a última fotografia é escondida pelo anteparo, o circuito de giros pela rua recomeça.
Labirinto veio de longas caminhadas por bairros remotos de Santa Maria com uma máquina fotográfica muito simples e barata. De início, essas caminhadas com fotografia tratavam de coletar partes da rua que poderiam servir de referência visual para a construção de volumes para fachadas de edifícios abandonados. As fotos eram tiradas por um atingimento direto e intuitivo com o espaço. Com a excitação do olho, câmera nas mãos e no curso das pernas, a coleta foi vazando para outras coisas sem qualquer utilidade, nem mesmo utilidade expositiva. Gravei a diferença de azulejos separando os cômodos de uma ruina, aquele backlight pelado que mostra os fios e as lâmpadas de dentro, o senhor que testava tons de tinta para apagar uma pichação de muro.
Detalhe de fotografia número oito de Labirinto. O registro concentra 8 locais percorrido num período de 12 dias. O experimento completo compreende setenta locais percorridos, registrados em um mesmo procedimento fotográfico. A última fotografia, portanto, contém os setenta locais registrado. Ano de 2014.
Labirinto veio de longas caminhadas por bairros remotos de Santa Maria com uma máquina fotográfica muito simples e barata. De início, essas caminhadas com fotografia tratavam de coletar partes da rua que poderiam servir de referência visual para a construção de volumes para fachadas de edifícios abandonados. As fotos eram tiradas por um atingimento direto e intuitivo com o espaço. Com a excitação do olho, câmera nas mãos e no curso das pernas, a coleta foi vazando para outras coisas sem qualquer utilidade, nem mesmo utilidade expositiva. Gravei a diferença de azulejos separando os cômodos de uma ruina, aquele backlight pelado que mostra os fios e as lâmpadas de dentro, o senhor que testava tons de tinta para apagar uma pichação de muro.
Detalhe de fotografia número oito de Labirinto. O registro concentra 8 locais percorrido num período de 12 dias. O experimento completo compreende setenta locais percorridos, registrados em um mesmo procedimento fotográfico. A última fotografia, portanto, contém os setenta locais registrado. Ano de 2014.
Fui pelas ruas pegando a luz sem razão de ser a não ser o próprio impulso de gravar a imagem por esse atingimento no espaço. A máquina se enchia de fotos e o deslocamento inchava as pernas. Foram tantas as imagens digitais que os endereços se embaralharam. Ainda hoje não sei de onde uma ou outra veio. E essa combinação de pernadas com a repetição de fotografias foi deixando de ser o antes de outras ideias para ser uma vontade aberta de linguagem, sem grandes pretensões, mas com dimensão poética própria. Labirinto vem, então, de uma etapa preliminar do processo criativo para ganhar a forma de uma videoinstalação. Esse trabalho foi pensado especificamente para a Sala de Exposições Claudio Carriconde (Centro de Artes e Letras, UFSM) e exibido em fevereiro de 2014.
Esse trabalho foi disparador de uma série de trabalhos feitos sobre as relações de dentro e do fora, dos trânsitos entre o interior e o exterior que constituem uma unidade, um objeto no mundo das coisas. Labirinto acaba por desempenhar um movimento moebiano, anda sobre a Torção de Moebius para abrir-se ao fora e constituir novos dentros. Dentro que é dobra do Fora, interior que começa de fora para dentro.
Esse trabalho foi disparador de uma série de trabalhos feitos sobre as relações de dentro e do fora, dos trânsitos entre o interior e o exterior que constituem uma unidade, um objeto no mundo das coisas. Labirinto acaba por desempenhar um movimento moebiano, anda sobre a Torção de Moebius para abrir-se ao fora e constituir novos dentros. Dentro que é dobra do Fora, interior que começa de fora para dentro.
→ Esta obra faz parte da pesquisa de mestrado Contágios Poéticos no Espaço: por ações no contexto urbano pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFSM, ênfase em Poéticas Visuais, linha de pesquisa Arte e Tecnologia. O estudo consiste no desenvolvimento de uma prática artística e reflexão teórica relacionada à ideia do contágio entre obra artística e seu contexto de inserção, primando pela intervenção poética no meio urbano. Sob orientação da prof.ª dr.ª Reinilda Minuzzi, a investigação envolve o período de 2012 a 2014, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes / Governo Federal / Brasil).
Outros trabalhos:
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